Lamar Johnson tinha 21 anos quando foi condenado a prisão perpétua pelo homicídio de Marcus Boyd. Uma testemunha garante tê-lo visto no local do crime, o homem sempre disse ser inocente e explicou que estava muito longe e na companhia da namorada. Já preso e sem esperanças, começou a escrever cartas a várias igrejas. Uma delas foi dirigida acabou nas mãos de Ginny Schrappen, que assume ter ficado “impressionada” pela caligrafia. Foi então que começaram a trocar cartas… durante mais de duas décadas. Pelo meio, várias visitas à prisão que solidificaram a amizade.

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No final do ano passado, chegou aquilo que poucos acreditavam: uma confissão do homicídio de Boyd. James Howard – que cumpre prisão perpétua por outro assassinato – foi chamado pela defesa de Lamar e confessou ser o responsável pela morte. Além disso, a testemunha ocular assumiu ter sido pressionada pelos inspetores a colocar Lamar no local do crime. Tudo isto resultou na decisão do juiz David Mason de anular a condenação e ordenar a ilibação total de Lamar Johnson. Assim, 28 de anos depois, voltou a ser livre.

“Se ficas cego de raiva, vais trocar uma prisão por outra”

Mal saiu da prisão, quis ver uma pessoa especial: a amiga que nunca deixou de acreditar nele! Foi defendido pelo grupo Innocence Project, uma organização sem fins lucrativos que luta para libertar pessoas inocentes da prisão. Porém, não vai receber qualquer indemnização. Como tal, uma página de angariação de fundos já arrecadou mais de meio milhão de euros para que o homem possa recomeçar a vida. Lamar garante que, apesar da injustiça que sofreu, vai seguir em frente sem ressentimentos. “Se ficas cego de raiva, vais trocar uma prisão por outra”, disse. “Por mais que tenha havido muitos contratempos ao longo dos anos, há muito para ser feliz e grato”, conclui.

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Fotos: Reprodução & GoFundMe

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